Como uma criança
faço-me tantas perguntas
Algumas retóricas
algumas contingente
e sem razão de existência
Algumas condenatórias
outras abusivas
O meu pensamento feri-me
coordenando lógicas desnecessárias
para justificar
o porquê e o é de atitudes
nada conveniente
Posicionando-me desequilibradamente
deixando a minha emoção desconfortável
Magoando a minha sensibilidade
sem razão aceitável
Ela tortura-me
Leva-me ao limite de ponderar e pondo-me
contra mim
Ataca-me
Vêm para cima de mim
como se eu fosse o culpado de tudo
Bato-me, piso-me
Há vezes que fujo de mim
abandono-me sobre
pensamentos insensíveis
que me torturam de um jeito
bastante veemente
Socorro
Porque quando é não é
Quando vou, fico
Quando faço, desfaço
Nada chega a ser conveniente
O mundo faz de mim o que ele quer
faço para o mesmo que ele pretende
Há vezes que assumo a culpa
de coisa que nem sei como fazer
Socorro
Alguém se apoderou de mim
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